Enfim, a Liberdade!
Há precisamente 60 anos, o General De Gaulle entrou em Paris. Uma Paris envolta em júbilo, prenhe de alegria, embriagada pelo perfume da Liberdade, ansiosa por respirar, uma cidade bem diferente daquela que o infatigável militar abandonara quatro anos antes, quando se confirmava o pior.
Paris caíra sem combater em Julho de 1940. Nas largas avenidas, as tropas alemãs marchavam, desfilavam no seu característico "passo de ganso" diante dos parisienses tristes e irados, de lágrimas nos olhos. Perante todo o Mundo, acontecera o impensável: a poderosa França, a orgulhosa França capitulara, e a sua capital fora declarada "cidade aberta"; para cúmulo, o líder inimigo saboreava a vitória à vista da Torre Eiffel.
Poucos dias depois, já em Londres, De Gaulle chamou a si a raiva do Povo Francês espezinhado, e dirigiu-se a todos aqueles que, do outro lado do Canal, começavam um duro cativeiro na sua própria terra.
Seria o início de um longo período cinzento, marcado pelo colaboracionismo e pela cobardia de Vichy. Mas igualmente de coragem, de abnegação, de sacrifício, de perigo para milhares e milhares de patriotas que sonhavam com a Libertação.
Quatro longos anos se passariam até que os parisienses, e com eles, toda a França, recuperassem o seu orgulho.
O final da ocupação da "cidade das Luzes" foi bem diferente do início: desta vez, a população deu luta, pegou em armas, ergueu barricadas. Farto da opressão, já em polvorosa desde o desembarque na Normandia quase três meses antes, o Povo abriu caminho para a coluna comandada pelo General Leclerc que se aproximava.
Finalmente, a capital era livre. Tal como disse De Gaulle à sua chegada, "Paris ultrajada, Paris prostrada, Paris martirizada, mas Paris libertada".
Dificilmente posso imaginar o ambiente vivido nas ruas de Paris naquele dia 25 de Agosto de 1944.
Só muito a custo poderei tentar meter-me na pele daqueles que, finalmente, podiam sair à rua, entoando livremente o seu Hino antes abafado pelo brutal inimigo, abraçando os seus amigos, expressando o seu contentamento por, finalmente, serem livres e não terem de viver na humilhação e no medo.
Não consigo conceber tamanha alegria; ultrapassa-me a dimensão humana do acontecimento e invejo quem o viveu. Contudo, não é difícil extrair daqui uma lição: a Liberdade deve ser sempre defendida a todo o custo.
Let the sky be always blue...
Feliz Dia da Libertação! Hip, hip, hip... caralho!!!
Exocet
Paris caíra sem combater em Julho de 1940. Nas largas avenidas, as tropas alemãs marchavam, desfilavam no seu característico "passo de ganso" diante dos parisienses tristes e irados, de lágrimas nos olhos. Perante todo o Mundo, acontecera o impensável: a poderosa França, a orgulhosa França capitulara, e a sua capital fora declarada "cidade aberta"; para cúmulo, o líder inimigo saboreava a vitória à vista da Torre Eiffel.
Poucos dias depois, já em Londres, De Gaulle chamou a si a raiva do Povo Francês espezinhado, e dirigiu-se a todos aqueles que, do outro lado do Canal, começavam um duro cativeiro na sua própria terra.
Seria o início de um longo período cinzento, marcado pelo colaboracionismo e pela cobardia de Vichy. Mas igualmente de coragem, de abnegação, de sacrifício, de perigo para milhares e milhares de patriotas que sonhavam com a Libertação.
Quatro longos anos se passariam até que os parisienses, e com eles, toda a França, recuperassem o seu orgulho.
O final da ocupação da "cidade das Luzes" foi bem diferente do início: desta vez, a população deu luta, pegou em armas, ergueu barricadas. Farto da opressão, já em polvorosa desde o desembarque na Normandia quase três meses antes, o Povo abriu caminho para a coluna comandada pelo General Leclerc que se aproximava.
Finalmente, a capital era livre. Tal como disse De Gaulle à sua chegada, "Paris ultrajada, Paris prostrada, Paris martirizada, mas Paris libertada".
Dificilmente posso imaginar o ambiente vivido nas ruas de Paris naquele dia 25 de Agosto de 1944.
Só muito a custo poderei tentar meter-me na pele daqueles que, finalmente, podiam sair à rua, entoando livremente o seu Hino antes abafado pelo brutal inimigo, abraçando os seus amigos, expressando o seu contentamento por, finalmente, serem livres e não terem de viver na humilhação e no medo.
Não consigo conceber tamanha alegria; ultrapassa-me a dimensão humana do acontecimento e invejo quem o viveu. Contudo, não é difícil extrair daqui uma lição: a Liberdade deve ser sempre defendida a todo o custo.
Let the sky be always blue...
Feliz Dia da Libertação! Hip, hip, hip... caralho!!!
Exocet